Escola sem culpas na morte de Leandro

Leandro não foi vítima de bullying. Esta é a principal conclusão do inquérito da Inspecção-Geral de Educação ao caso do menino de 12 anos, aluno da Escola Luciano Cordeiro, em Mirandela, que, a 2 de Março deste ano, desapareceu nas águas do rio Tua, tendo o corpo sido encontrado um mês depois.

A mesma entidade isenta ainda de responsabilidades a direcção da escola em causa pelo facto de a criança ter saído do estabelecimento durante o período lectivo, “presumivelmente através das grades”, enquanto outros colegas saíram pelo “portão principal sem serem impedidos”, avançou o “Jornal de Notícias”.

A não existência de indícios que apontem para que Leandro fosse vítima de agressões por parte de alguns colegas, uma situação que poderia estar na base do seu suicídio, baseou-se nos testemunhos de 38 pessoas ouvidos pela Inspecção. Lembremos que a PSP defendeu que o menino terá caído à água por acidente.

Na opinião da vereadora da Educação da Câmara de Mirandela, Maria Gentil, o inquérito à morte de Leandro “tem implícita uma tentativa de transferir responsabilidades para o pessoal não docente e para a autarquia”.

A família de Leandro já manifestou “revolta” com as conclusões e amãe,Amália Pires, disse não acreditar nos resultados do inquérito.

Em declarações ao “Jornal de Notícias”, Amália Pires reclama que a escola seja responsabilizada pela falta de segurança e promete seguir para tribunal com o caso, afirmando que quer “ir até às últimas consequências.

Fonte: 24 Horas