TaniaDaniela Admin
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| Assunto: Mulher acusada de matar marido absolvida Qui 22 Abr 2010 - 20:36 | |
| Mulher acusada de matar marido absolvida O Tribunal da Guarda absolveu esta quinta-feira uma mulher acusada dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver alegadamente cometidos contra o marido. A sentença não agradou a cerca de meia centena de pessoas que assistiram à leitura do acórdão e mostraram a sua revolta ainda na sala de audiências.
Os factos remontam a Setembro de 2005 quando Luís Leitão, na altura com 55 anos, desapareceu. Separada do marido desde 2001, apesar de ambos residirem na mesma habitação em andares diferentes, Maria da Graça David foi acusada da morte do marido, mas o corpo deste, bem como a arma do crime nunca foram encontrados.
Quase cinco anos depois dos factos, o colectivo de juízes decidiu absolver a arguida por falta de prova. O Tribunal da Guarda considerou “improcedente a acusação do Ministério Público” e sublinhou que para haver condenação “é necessário que sem qualquer sombra de dúvida fique demonstrada a prática dos factos”. Neste caso, o colectivo de juízes entendeu que não ficaram esclarecidas algumas dúvidas, tendo decidido pela absolvição da arguida.
O Tribunal salientou que o corpo da vítima nunca foi encontrado e que as provas periciais – marcas de sapatos da suspeita detectadas sobre sangue, no interior da habitação – “não foi de molde a que outra conclusão” o colectivo pudesse retirar. O colectivo de juízes lembrou que “não foi possível determinar com que objecto” a vítima foi atingida.
A sentença não agradou aos familiares de Luís Leitão que, ainda dentro da sala de audiências gritaram: “A Justiça está para os assassinos”. Susana Leitão, sobrinha da vítima, confessou que ouviu a sentença “com muita revolta” e que a absolvição “é uma coisa que não entendemos”.
No final da audiência, os restantes populares dirigiram-se para a entrada do Palácio da Justiça e impediram a saída da arguida do interior das instalações, sob a ameaça de tentarem de fazer justiça pelas próprias mãos.
Já o advogado da arguida, Rui Mendes, declarou que “contava” com a absolvição dada a “manifesta insuficiência da prova no que diz respeito à autoria do suposto crime”.
Fonte: Correio Da Manha | |
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