O Desportivo de Chaves, que terça-feira se apurou para a final da Taça de Portugal em futebol ao eliminar a Naval,
por 2-1, foi recebido em ambiente de festa, por centenas de adeptos que aguardavam junto ao estádio Municipal.
Mal o autocarro que transportou a equipa parou, cerca da 01.00 horas da manhã de hoje, quarta-feira, de cachecóis na mão e buzinas na boca, os flavienses rodearam a viatura e foram abraçando efusivamente os jogadores que iam saindo.
"Chaves, Chaves, Chaves", gritaram os adeptos aos saltos. Edu, o jovem que marcou os dois golos da vitória, era o mais aclamado e todos o queriam abraçar.
"Foi um jogo muito emocionante e dedico esta vitória a todos os transmontanos. Foi o dia mais feliz da minha vida", disse à Agência Lusa o jovem, lembrando que antes de entrar em campo, o treinador lhe pediu para dar o "tudo por tudo".
"Eu estava com um feeling que ia marcar", frisou o jogador, de 19 anos, e formado no Chaves.
Este foi o seu jogo de estreia, até aqui apenas tinha entrado em campo três minutos.
O treinador, Tulipa, também não escondeu a satisfação pelo feito histórico.
"Foi um jogo especial para o clube, a cidade e os jogadores", disse Tulipa, acrescentando que foram "superiores" à Naval.
Quanto ao adversário na final do Jamor, o treinador referiu que não tem preferência pelo adversário (FCP ou Rio Ave), mas admitiu que o Porto é uma equipa mais forte.
Além disso, Tulipa considerou que a posição que a equipa ocupa no campeonato (penúltima) é "injusta", relativamente ao que a equipa tem vindo a fazer.
E, por isso, o técnico flaviense garantiu que os cinco jogos que faltam para o fim da época vão ser encarados como verdadeiras finais.
O presidente da Câmara, João Batista, embora não estando na festa de recepção à equipa, disse à Lusa que a vitória do Chaves é um motivo de orgulho para todos os flavienses. "Com certeza que vou ao Jamor", garantiu.
Fonte: JN